DIÁRIO DO MERCADO - 3ª feira, 05.04.2016
Ibovespa recupera parte das perdas de ontem
Os investidores seguem respondendo à volatilidade dos preços das commodities bem como aos riscos de desaceleração da economia global e de uma elevação da taxa de juros nos EUA antes do esperado, caso as condições econômicas mostrem-se favoráveis.
Petróleo
Os preços do petróleo seguem voláteis, e sem força para romper o patamar psicológico de U$ 40,00. Hoje, o contrato futuro do barril tipo Brent para junho fechou em leve alta de 0,48%, a US$ 37,87, depois permanecer em baixa durante boa parte do dia.
Na Europa, as bolsas de valores da Europa fecharam em queda nesta terça-feira após as encomendas de fábrica na Alemanha mostrarem desaceleração em fevereiro (-1,2% M/M e 0,5% A/A, ante estimativas de 0,3% e 2,2%, respectivamente).
Em Londres, o índice FTSE 100 recuou 1,09%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 2,50%, enquanto em Paris o índice CAC-40 perdeu 2,00%.
Em Nova Iorque, os investidores também deram grande peso à fala da diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que alertou sobre o aumento dos riscos para o crescimento econômico global, a não ser que medidas mais fortes sejam tomadas pelas autoridades.
Entre os indicadores, hoje foram divulgados dados de PMI que vieram melhores do que o esperado: o PMI de serviços subiu para 51,3 em março, ante estimativa mediana de 51,1.
O índice composto de manufatura (Instituto ISM) subiu a 54,5, ante estimativa de 54,2. Enquanto o cenário segue exigindo cautela, as bolsas seguem baixa. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,75%, enquanto o S&P 500 perdeu 1,01%.
Bovespa
A Bovespa reverteu parte das perdas de ontem, e avançou moderadamente influenciada pela recuperação das ações da Petrobras, siderúrgicas e mineradoras:
CSNA3 (R$ 7,59; 8,58%);
VALE3 (R$ 15,29; 3,38%);
PETR4 (R$ 7,83; 3,3%);
VALE5 (R$ 11,68; 3,27%);
PETR3 (R$ 9,82; 2,29%).
As principais baixas hoje foram das ações do setor de papel e celulose, que repercutiram queda de preço da celulose na China, de -2,5%, e na Europa, de -2,48%:
SUZB5 (R$ 11,46; -6,07%);
FIBR3 (R$ 30,06; -4,02%) e
KLBN11 (R$ 18,35; -2,65%).
No final, o índice fechou em alta de 0,56%, a 49.053 pontos. No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 123,881 milhões no dia 1º. O saldo acumulado no ano é positivo em R$ 10,680 bilhões.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar avançou 1,51%, fechando a R$ 3,6783, refletindo as incertezas no cenário interno e o ambiente de maior aversão a risco nos mercados globais. O Banco Central seguiu com seus leilões de swap reverso hoje.
No mercado de juros futuros da BM&F, as taxas da maioria dos contratos avançaram em linha com a alta do dólar frente ao real e o ambiente externo menos favorável.
Ao término da negociação regular, o contrato DI para janeiro de 2017 terminou em 13,68%, de 13,66% no ajuste anterior (+0,15%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 14,21%, de 14,15% (0,42%).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comprotamento do mercado na 3ª feira, 05.04.2016, elaborado por FABIO CESAR CARDOSO, CNPI-P analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS